Além de escritor, Flavio P. Oliveira também é
artista plástico.
Na entrevista, além de falar um pouco sobre
si mesmo, ele nos conta o que o levou a escrever seu primeiro romance.
O Flavio vem mostrando que tem potencial para
atingir uma carreira de sucesso.
O que me diz de conhecer um pouco mais sobre
ele?
Flavio, você já publicou um livro de contos (Três
Amores Instantâneos). AEcM12, seu primeiro romance, segue
o mesmo padrão de escrita poética, metafórica...? Fale um pouco sobre ele.
Gostei
das pessoas se referirem ao meu estilo como poético... Em AEcM12
existem menos metáforas; em alguns momentos um estilo mais técnico (bem pouco)
para explicar particularidades do futuro; adotei mais diálogos também,
separados por aspas; abusei mais da pontuação. Mas o estilo do texto é adequado
à emoção que pretendo transmitir. Quando estou descrevendo algo técnico ou
físico eu adoto um texto mais simples, quando quero mexer emocionalmente com o
leitor, um texto mais elaborado ou picotado, acelerado.
No processo de
escrita de um livro, o autor sempre encontra uma dificuldade. Na maioria das
vezes, no começo. Onde teve que se esforçar mais para que tudo ficasse da forma
que você queria?
Essa
é facílima de responder. Eu sempre tenho dificuldades no meio do livro. Sou
ótimo para começar e terminar, mas me arrasto quando estou pela metade. As
revisões são sempre cansativas, também.
Porque escrever uma história que se passa no futuro?
Eu
gosto de histórias que se passam em lugares diferentes, ou épocas diferentes.
Escrever no futuro nos dá uma liberdade criativa fantástica. Posso delirar
sobre qualquer assunto, criar situações, modismos, personagens inumanos, etc.
Moldar a sociedade do jeito que eu quiser. É pura liberdade criativa. Além
disso, copiar alguém no presente é impossível (risos), e todo o enredo roda em
volta dessa premissa: copiar alguém para curar a solidão ou saudade.
Qual o motivo do
título AEcM12? Acredito que todos querem saber a resposta.
Querem
mesmo (risos)? O título vem no segundo parágrafo, é o modelo do androide, AEcM12,
que está sendo lançado. No final do livro tem uma explicação mais detalhada,
mas basicamente é a identificação do androide, como modelo de uma marca.
Como veio a ideia
para o livro? Foi algo que simplesmente surgiu na sua cabeça de uma hora para
outra?
Na
verdade este livro nasceu de outro. Estava tendo ideias para outro romance que
estou escrevendo, bem maior, mas achei tão interessante a ideia que a retirei
do tal romance e resolvi criar uma história própria. Desenvolvi tão rápido que
passou na frente de todos os meus outros livros sendo escritos.
Quanto tempo você
levou para escrever AEcM12?
Eu
não costumo contabilizar o tempo porque normalmente eu escrevo algumas páginas
e deixo guardadas para prosseguir depois. Devo ter começado seriamente a
escrevê-lo em março, quando terminei meu último conto. Uns cinco meses contando
do início até o envio para a Biblioteca Nacional, mas eu escrevo sempre mais de
um livro ao mesmo tempo.
Se pudesse entrar no
mundo de um livro, em qual seria?
Essa
resposta é influenciada sempre por leituras mais recentes. Adorei “As Crônicas
Marcianas, de Ray Bradbury” e quis passear por Marte colonizado. Adoraria estar
em Portugal se a península Ibérica se soltasse, li tem umas semanas o ótimo “A
Jangada de Pedra, de Saramago”. Não viveria em um mundo, gostaria de viver nas
histórias do momento.
O que mais você gosta
de fazer, além de escrever? Conte um pouco sobre seu trabalho como artista
plástico.
Verdade,
também sou artista plástico. Atualmente estou escrevendo mais do que pintando,
porém sou dividido entre as duas artes. Tenho meu estilo artístico, tem gente
até me copiando em Portugal (risos), tento mesclar quadros modernos e paisagens
acadêmicas. É cinco vezes mais caro e mil vezes mais difícil montar um
exposição do que publicar um livro, por este motivo tenho me dedicado mais a
escrever.
Gosto
de passeios diurnos, andar muito, ler, escrever. Gosto de trabalhar com
imagens, observar as pessoas. Sou aquele que tudo pode servir de inspiração e
aprendizado.
Dê um motivo para os
leitores lerem seu novo livro.
Os
meus livros são carregados de emoção. Não obstante onde e quando a história se
passa, o foco são os personagens, o que eles passam, o que eles vivem. Todos
que leram meus contos elogiaram o estilo de literatura, o lirismo do meu texto,
mas nos contos não pude incluir uma das minhas marcantes característica: criar
pequenos personagens intrigantes, divertidos e estimulantes.
A
história se passa no futuro, mas é pano de fundo, cenário. O personagem
principal é um homem solitário, que montou uma família artificial de pequenos
robôs e compra uma esposa androide, uma mãe para as crianças mecânicas,
copiando a vizinha por quem é apaixonado. Esse tema dá chances incríveis para
se criar uma história.
Deixo um recado para
o pessoal que frequenta o Isso é Interessante.
Quero
dizer aos leitores do Isso é Interessante, que a campanha de lançamento do AEcM12
apenas começou com a votação da
capa. Em breve publicarei um book trailer, depois a sinopse, etc. Não é uma
obra puramente de ficção científica, é uma história de amor totalmente
insólita, entre um homem, uma mulher e uma mulher artificial. Obviamente, se
Spielberg quiser filmá-la no futuro, ficarei feliz. :D
4 Comentários
Novamente obrigado, Carlos, pela oportunidade... Em breve lançarei o livro...
ResponderExcluir:D
Nunca tinha ouvido falar do autor, achei a entrevista interessante e acabei me interessando por esse novo livro dele *_*
ResponderExcluirwww.nadandoemlivros.blogspot.com
Parabéns pela entrevista, ficou ótima. Já tinha ouvido falar do autor, mas nunca li nada dele. Quem sabe não leio esse novo livro, né?! Parece bom.
ResponderExcluirMuito boa a entrevista, uma oportunidade a mais para conhecer e enteder mais sobre o livro!
ResponderExcluirbjooos querido
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